Diário de Bordo

Desde a graduação me interesso pelos Xenarthra, uma ordem de animais bastante diferente e que reúne um heterogêneo grupo de mamíferos existentes apenas no continente Americano. São eles os tamanduás, tatus e preguiças. Essas espécies são extremamente interessantes e possuem uma anatomia bastante distinta dos outros mamíferos. Veja o exemplo do Tatu-bola, que possui uma carapaça que se fecha e serve como proteção contra os predadores. Tem também o tamanduá-bandeira, que pesa aproximadamente 40 quilos e que se alimenta somente de cupins e formigas. Isso é maravilhoso e único!

Por conta de tudo isso, dedico a minha vida a essas lindas espécies, trabalhando no campo em áreas como o Pantanal, a Amazônia e o Nordeste brasileiro, no qual realizo as minhas pesquisas. Em 2014 a Associação Caatinga sugeriu o Tatu-bola como mascote da Copa e foi um grande passo para preservação dessa espécie tão desconhecida. Recebi gentilmente o convite para fazer parte dessa equipe e hoje é um trabalho o qual tenho muito orgulho.

Pretendemos com esse projeto, fazer com que essa espécie se torne cada dia mais conhecida pela sociedade e que os dados científicos gerados sirvam como subsídio para elaboração de planos de ação de preservação, além de planejamento de áreas naturais associadas ao ambiente urbano, o que ajudará a manter toda nossa biodiversidade.

Flávia Miranda