Muita gente pensa que quando trabalhamos pela preservação de uma determinada espécie, estamos nos dedicando somente a cuidar do animal ou mesmo que estamos diariamente na natureza, buscando informações sobre a espécie. Na verdade, a nossa principal atuação, quando se fala em conservação, é a discussão e implantação das políticas públicas. Para identificarmos e propormos áreas e ações prioritárias para a pesquisa, a conservação e o uso sustentável dos componentes da biodiversidade, precisamos estar diretamente conectados aos órgãos tomadores de decisão.
Nesta semana participei de reuniões com o superintendente do Meio Ambiente do Estado do Piauí e com o Instituto Chico Mendes- ICMBio, propondo trabalhos em conjunto em prol da preservação do Tatu-bola e de seu habitat. Uma das grandes preocupações do governo é com as espécies brasileiras ameaçadas de extinção, cujo processo está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema.
Vejo, a cada dia, que as pesquisas muitas vezes não permeiam os órgãos que atuam nas políticas públicas e que esse trabalho em conjunto deve ser mais estimulado. Só assim poderemos realmente fazer a diferença na preservação da fauna e flora brasileira.
Flávia Miranda
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