Texto de opinião – Olimpíadas Selvagem #reflexão
Ultimamente o foco das notícias gira em torno dos Jogos Olímpicos 2016, que acontecerão em breve aqui no Brasil. Conservacionista que sou, não pude deixar de notar que mais uma vez a fauna brasileira está sendo utilizada como símbolo de eventos desportivos. Tivemos o caso da onça Juma, que foi morta por um tiro depois de ter participado da passagem da tocha olímpica por Manaus. Botos Rosa, espécie rara da Amazônia, também participaram daquele espetáculo de horror.
Será mesmo que essa é a única forma de mostrarmos ao mundo a beleza e riqueza da nossa biodiversidade? Se é para todos tão importante mostrar os animais que temos, por que não reverter fundos para mantê-los em seu ambiente natural? Diariamente usamos, abusamos da nossa biodiversidade sem ao menos pensar que, se não conservarmos, ela deixará de existir em poucos anos.
Em 2012, a FIFA e o Governo Brasileiro escolheram o tatu-bola para mascote da Copa. A FIFA definiu como um dos seus objetivos para o Mundial, comunicar a importância do meio ambiente e da Ecologia. A escolha do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) parecia perfeita.
Passaram-se os anos, a Copa foi se aproximando, FIFA e Governo Brasileiro não adotaram medidas concretas para a conservação do tatu-bola. O que era expectativa transformou-se em frustração: a FIFA esqueceu do seu mascote.
Neste cenário de indignação, continuamos seguindo com nosso trabalho e contando com apoio das poucas empresas brasileiras que reconhecem a importância de preservar a nossa fauna e flora, e que, por suas ações, merecem a nossa mais profunda consideração!
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